Fotograma do vídeo "A Estranha Esperança dos Pássaros"
Dullmea apresenta "Ñe’ẽsẽ", um álbum com componente visual que parte da recolha de elementos da natureza para a criação de material sonoro e visual.
Segundo a criadora artística Dullmea, “Ao longo do último ano tenho recolhido elementos da natureza e trazendo-os para o meu processo criativo. À medida que fui ficando mais fascinada com as minhas descobertas, quis convidar o meu querido amigo João Pedro Fonseca para criar vídeos para algumas das minhas composições. O álbum foi concluído quando o meu talentoso amigo Ricardo Pinto trouxe à tona toda a emoção e maravilha que eu procurava com as suas misturas. "Ñe’ẽsẽ" significa "voz" em guarani.”
O álbum terá uma edição física especial: um marcador de livros feito com papel biodegradável de sementes, contendo um código de acesso ao álbum digital. Uma vez feito o download, este marcador pode ser usado como qualquer marcador de livro, ou plantado, gerando as sementes nele contidas (margarida ou camomila).
Em Ñe’ẽsẽ podemos encontrar as seguintes personagens:
Tema “Noite Curva Dia (Morchella)”: As linhas que compõem o chapéu de uma morchella (cogumelo) são vozes com caminhos individuais que se separam e encontram sucessivamente, deslizando e criando alvéolos.
Tema “Dores de Crescimento (Árvore)”: Anéis de crescimento de uma árvore que ditam a proporção, altura e duração de “anéis” sonoros; a rugosidade de um tronco nos batimentos gerados pelo desvio gradual de afinação.
Tema “Folhas Gerando Vento de Outono (Folha, Líquen)”: O padrão de desenvolvimento das nervuras de uma folha de plátano que se traduz na organização rítmica de uma melodia.
Tema “Vinte Mil Léguas Submarinas (Ouriços)”: Ouriços espinhosos, perigosos, afiados são feedbacks organizados numa variada paleta. Um lamento com baixo ostinato, mas em vez de viola da gamba, feedbacks.
Tema “A Estranha Esperança dos Pássaros”: O canto de pássaros: alguns que existem e outros que ficaram por inventar, em toda a sua polifonia, estridência, inocência e muitas vezes inconveniência.
Tema “Folha de Mão Aberta “Ave Abanando Leque)”: A textura aveludada da Mentha Suaveolens é o cenário da antecâmara para um oásis de pássaros nunca antes escutados.
Dullmea (Sofia Fernandes) é uma artista e compositora que explora as inúmeras possibilidades da voz e da eletrónica desde 2016. O novo trabalho vai ser apresentado nos seguintes locais:
Apresentações (conversa com o público sobre conceito, processos de criação, acesso ao
material de recolha e outras curiosidades):
24 de Maio, 18h00 – Galeria MIRA | Artes Performativas, Porto
25 de Maio, 17h00 – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães
Créditos
Mistura e masterização por Ricardo Pinto
Capa: Fotograma do vídeo “A Estranha Esperança dos Pássaros”
Vídeo por João Pedro Fonseca
Vídeo “A Estranha Esperança dos Pássaros” com edição adicional de Joaquim Fernandes, João Bico, Nuno Figueira
Apoios
República Portuguesa - Cultura I DGARTES – Direção-Geral das Artes
Arte Institute - Portuguese Contemporary Culture
Galeria MIRA
Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura
Antena 2
Dullmea é uma artista e compositora que explora as inúmeras possibilidades da voz e da eletrónica desde 2016. Lançou Keter (2016), Hemisphaeria (2019) e [dʊl’mjə̯] (2020) um álbum em andamento, Orduak (2021), LOGLIBRO N-RO. 01, Ao Vivo no Sinsal Outono 2022 e Lloc Comú (2023).
Entre outros, Dullmea já se apresentou ao vivo em Nijmegen (NL), Eindhoven (NL), Lisboa (PT), Porto (PT), Barcelona (ES) – Festival LEM, São Paulo (BR) – MAC, Berlim (DE) Copenhaga ( DK), Milton Keynes (Reino Unido) – Exposição de Paula Rego “Obedience and Defiance”, Mindelo (São Tomé). Dullmea também compõe música para teatro.