O filme de Raphaël Millet leva-nos até 1930 ao encontro do artista francês, Henri Matisse. Embora seja frequentemente recordado pela história da arte como um pintor que trabalhava no seu estúdio, a verdade é que tinha a alma de um viajante.
«Com 60 anos, Matisse sente, pela última vez, o impulso de viajar e de encontrar algo diferente. Numa viagem que se tornará no resultado final de uma longa travessia, embarca num barco para a Polinésia. Na realidade, como um homem do Norte que sempre procurou a luz e cores vibrantes, ao longo da vida acabou por fazer inúmeras viagens que o foram levando cada vez mais para o Sul: para a Bretanha, a Córsega, Collioure, Nice e o seu centro nevrálgico, mas também para Espanha, Argélia e Marrocos.
Estas viagens influenciaram profundamente as suas obras e foram um trampolim para a modernidade e, até mesmo, para o abstrato. Quanto à Polinésia, é ela que irá influenciar os últimos 25 anos da sua vida artística, levando-o ao limiar da arte contemporânea. Mas, esta jornada artística foi também uma procura por si mesmo que o levou a prosseguir a sua viagem, até ao coração da própria espiritualidade, de uma forma apaixonada.»
Um filme sobre o processo emocional e criativo de um artista que compôs uma paleta única de cores e visões destiladas de luz e formas, a partir das memórias das suas viagens.
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