Fruto das aspirações artísticas de um grupo de empresários capitalistas lisboetas, concebido pelo arquiteto Ernest-Louis Reynaud (c.1853-?) e pelo cenógrafo Luigi Manini (1848-1936), e inaugurado a 22 de Maio de 1894, tendo então o nome Teatro Dona Amélia, à época rainha de Portugal, o Teatro São Luiz faz hoje 130 anos.
Nas primeiras décadas, passaram pelo D. Amélia grandes artistas de renome mundial, sendo um ponto de encontro das elites da capital. Um enorme incêndio, em 1914, destruiu o edifício, tendo a remodelação ficado a cargo do arquiteto Tertuliano Lacerda Marques, altura em que muda a sua designação para São Luiz, em honra do Visconde de São Luiz, seu mecenas.
Muito cedo aqui se começa a ver cinema, tendo o São Luiz tido um papel decisivo na produção e divulgação da sétima arte em Portugal. Aqui, em 1917, Almada Negreiros realizou a Conferência “Ultimato Futurista”. Nos anos 20, o Cine-Teatro São Luiz alcança o estatuto de sala de espectáculos, incluindo o cinema, tornando-se um local de reunião de personalidades do mundo da literatura, do teatro e demais artes.
Reabilitado nos últimos anos do século passado, é um teatro à italiana com fachada sóbria e requintada decoração interior. Integrado neste edifício, o Teatro Mário Viegas guarda a memória do actor que lhe deu nome e se destacou na vida cultural portuguesa.
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